segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ainda chove

Um instante em silêncio, e me lembrei. Outro instante, e me lembrei de esquecer. Mais um instante, e me esqueci de lembrar de esquecer, voltando minha mente para o presente, lutando para focar no que já é certo. É cada vez mais difícil manter meu olhar fixo. A saudade do incerto me aperta cada vez mais. Esquecer de lembrar de esquecer é o jeito menos difícil que encontrei para enfrentar a tempestade, para torná-la uma chuva suave e bela, e aproveitá-la, já que não posso impedi-la. Esta chuva está demorando a passar, e ás vezes ela é tão ácida...mas eu não vou pegar atalhos. Vou deixar ela me molhar...as flores crescem quando são regadas pela chuva. Vou contemplar a beleza da cidade molhada e sentir o cheiro doce da terra derretida. Tomar chuva só será ruim se eu não souber apreciá-la. A tempestade pode demorar a passar, mas eu sei, o sol não deixará de vir.
Foco! De olhos abertos, com muito esforço e apoio divino consigo mantê-lo. Mas de olhos fechados o controle se vai, pois no consciente posso fazer calar meus pensamentos, mas os gritos do sub-consciente são proclamados em meus sonhos, trazendo de volta a saudade do incerto, o gosto delicioso daquele bolo que ainda nem saiu do forno. Perigosas tréguas essas que alegram meus sonhos, pois aumentam minha vontade de procurar aquilo que deve me encontrar. Mas decidi não dar palpites na construção da minha própria história e não vou recuar.
O melhor tempo não é o que passou, muito menos o que virá, mas o que é, o que está, e PRA SEMPRE SERÁ.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Depois da chuva

Alguém já sentiu saudades do que ainda não viveu? Um sentimento que permeia a linha da ansiedade e da pressa, mas não chega a sê-las. A dúvida constante sobre a veracidade dos fatos me faz bambear nessas linhas. Pensei que pudesse me apoiar em meu coração, mas descobri que ele é a causa maior do desequilíbrio. Meu socorro vem do céu, uma mão forte que me sustenta e me faz caminhar, lembrando-me de que há um ponto fixo à minha frente para o qual eu devo olhar para não afundar em águas profundas. Enquanto caminho em direção ao equilíbrio, ventos fortes tentam desviar minha atenção, mas esquecendo de lembrar de esquecê-los, permaneço...caminho.
Está chovendo agora, e eu ouvi uma voz uma voz a me dizer: o céu está chorando no escuro, mas ao amanhecer seu sorriso brilhará iluminando toda a Terra. Quanto amor divino há manifestado na criação! As palavras do Criador estão escritas em cada átomo existente. E é lendo as Escrituras organicamente que posso enxergar que há processos e que é preciso esperá-los. Os dias mais bonitos só vem após longas noites de chuva. O amor mais puro só vem após um longo tempo de espera, pois não há amor se ele não for paciente, benigno e sofredor. Pelo sofrimento vem a fé, que traz a esperança, que a tudo faz suportar. O amor para ser verdadeiro precisa passar por todos esses estágios, do contário, não é amor, é confusão, ansiedade, pressa. Não quero mais ter saudade do incerto, é um caminho muito perigoso. Quero esperar a chuva passar. E porque não comtempla-la enquanto espero? Suas gotas limpam o céu e fazem crescer os jardins!
"Mesmo que o inverno demore a passar, na primavera as flores brotarão..." (Estações - Isabela Akemi)



Vídeo produzido por meu amigo @gesielleachi.