“Ordem e progresso. Ilusão que está nos olhos de quem olha. Olha mas não vê. Boca que pede por direitos, direitos estes que não ultrapassam a linha do próprio nariz. Nariz que ignora o cheiro do abandono. A voz desesperada dos visíveis invisíveis se cala aos ouvidos da sociedade. Sociedade esta que fala de amor, mas amor que tem cor e brasão: verde, cifrão. Mãos limpas com sabão e sujas com a indiferença.
Em que rua a mãe justiça perdeu seu filho amor? Perdeu ou abandonou? É mais fácil fechar os olhos do que enfrentar a dor. Dor. Que remédio pode curar?
Os homens caminham, e alguns depositam seus ‘centavos de amor’ nas mãos sujas e feridas estendidas nas calçadas. Que linda obra! Porém os homens passam, e as mãos, com seus ‘centavos de amor’, permanecem lá.
Ordem e progresso. Um grito estampado na bandeira que precisa de resposta. Seja essa resposta. Olhe, e veja.”
texto: Isabela Cavezali
Em que rua a mãe justiça perdeu seu filho amor? Perdeu ou abandonou? É mais fácil fechar os olhos do que enfrentar a dor. Dor. Que remédio pode curar?
Os homens caminham, e alguns depositam seus ‘centavos de amor’ nas mãos sujas e feridas estendidas nas calçadas. Que linda obra! Porém os homens passam, e as mãos, com seus ‘centavos de amor’, permanecem lá.
Ordem e progresso. Um grito estampado na bandeira que precisa de resposta. Seja essa resposta. Olhe, e veja.”
texto: Isabela Cavezali